Por Marcelo Maranata, prefeito de Guaíba
O desenvolvimento econômico de uma cidade é um processo que visa não apenas o melhor desempenho da economia, mas também a melhoria das condições de vida da população. Ele se diferencia do crescimento econômico, que se limita ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, ou uma melhor distribuição de renda para a população economicamente ativa de uma localidade.
O desenvolvimento envolve educação, saúde, infraestrutura, distribuição de renda e sustentabilidade. Historicamente, este processo sempre esteve ligado à industrialização e à modernização das economias. Países que investiram em tecnologia e capacitação conseguiram crescer de forma mais equilibrada.
A Revolução Industrial foi um marco essencial para esse avanço, com grandes mudanças que ocorreram entre os séculos 18 e 19, caracterizada pelo surgimento da indústria e pela transição de uma economia do campo para a industrial. Este processo teve início na Inglaterra, onde as condições econômicas, políticas e sociais favoráveis permitiram o desenvolvimento de novas tecnologias, como máquina a vapor, e que revolucionaram a produção.
Não basta crescer; é preciso fazê-lo de forma sustentável e responsável
Hoje, o desenvolvimento precisa estar alinhado à preservação ambiental. Não basta crescer; é preciso fazê-lo de forma sustentável e responsável. Surgem, assim, conceitos como “economia verde” e “crescimento inclusivo”. Essas ideias buscam unir progresso econômico, justiça social e equilíbrio ambiental.
Recentemente, em Guaíba, houve o lançamento do projeto “Cavalo de Lata” que tem como objetivo melhorar o bem-estar animal e as condições de trabalhos dos catadores do município. Pelo projeto serão substituídos os animais usados em carroças por modelos de veículos elétricos adaptados. É uma ação que promete modernizar o sistema de mobilidade urbana de forma sustentável, garantindo melhores condições de trabalho aos catadores, preservando a dignidade dos animais de forma responsável. Ao todo, o projeto conta com 14 unidades de veículos elétricos.
Cabe aos governos criar políticas públicas eficazes e investir em educação e inovação. A iniciativa privada, por sua vez, gera empregos, renda e competitividade. A cooperação entre setor público e privado é essencial para o avanço econômico. O desenvolvimento não deve beneficiar apenas uma parte da população.
O crescimento sustentável garante qualidade de vida às gerações futuras. Economias equilibradas são aquelas que unem produção e responsabilidade social. O desenvolvimento econômico é, portanto, um objetivo coletivo. Ele requer planejamento, inovação e consciência ambiental. Mais do que gerar riqueza, deve promover bem-estar e inclusão. Somente assim o crescimento se torna realmente humano e duradouro.

