Por Liliane Dutra, CEO do Carrefour Property
O desenvolvimento das cidades é uma responsabilidade compartilhada. Há, é claro, o papel do poder público — que atua para fixar regras, estratégias e iniciativas que garantam o crescimento econômico, social e urbano. E a própria população, seja individualmente ou em instituições organizadas, exerce influência direta na expansão e no progresso das comunidades em que está inserida.
Existe um outro lado, no entanto, que tem sido cada vez mais determinante nessa equação: o engajamento e a atuação responsável das empresas. Se as cidades crescem, também é porque os negócios planejam sua expansão, se estabelecem em determinados locais e criam laços que vão muito além dos negócios.
Tomo como exemplo, a empresa em que atuo. Em 1980, foi instalado o primeiro hipermercado do Grupo Carrefour Brasil no Rio Grande do Sul. O bairro Partenon ainda se desenvolvia e a escolha foi estratégica. Afinal, estar em um local em expansão, com conceito novo, é excelente para o negócio e para a cidade — já que ajuda a desenhar o contexto urbano, desenvolver a mobilidade, aproximar as pessoas e gerar um ciclo virtuoso. É uma construção conjunta de áreas sustentáveis, que atendem por completo as demandas daquela comunidade.
Neste sentido, trabalhamos com uma série de estratégias que proporcionam experiências
O Carrefour Property, unidade de negócios imobiliários da maior varejista do país, segue atenta a esse compromisso com as cidades em que atua. Hoje, um dos nossos principais focos tem sido otimizar esses espaços, muitos em endereços que se tornaram privilegiados, gerando valor para o negócio, movimentando a economia regional e, principalmente, facilitando o dia a dia da população — que pode encontrar, em um único local, diversos serviços e produtos que atendam às suas necessidades.
Neste sentido, trabalhamos com uma série de estratégias que proporcionam experiências. Uma delas são as galerias na entrada das lojas, definidas estrategicamente para oferecer um mix de comércio e serviços que complementam o que é oferecido nas prateleiras das lojas, atendendo às necessidades de ainda mais pessoas.
O conceito multiuso é uma tendência. Apesar de não existir um número específico, se analisarmos apenas o setor de shopping centers, estamos chegando a quase 700 complexos no país, segundo a Abrasce. Os formatos variam, mas costumam reunir comércio, serviços, residências e entretenimento, resolvendo muitas demandas que, atualmente, exigem agilidade — diminuindo distâncias e otimizando a rotina.
Quando grandes empresas escolhem uma cidade, trazem consigo prosperidade, inclusão e sustentabilidade. Mais do que áreas comerciais ou de serviços, são centros de convivência e interação social, que transformam espaços em oportunidades para melhorar a vida das pessoas e desenvolvem as regiões onde estão inseridas.