Depois da implosão econômica e social na Venezuela, a América do Sul assiste – por razões distintas – a uma série de surtos de violência e de crises políticas profundas. Equador, Peru, Chile e Bolívia se somam à lista de problemas de uma região que parece sempre à beira de convulsões e golpes de mão. Não se deve, porém, examinar o rol de sobressaltos por uma mesma lente. Na Venezuela, a crise sem fim se arrasta pelo desastre do regime bolivariano, que, não bastasse ter produzido uma bancarrota econômica, caminha para se tornar uma ditadura clássica latino-americana. No Peru, a crise se deve à devastação política produzida pelo escândalo da Odebrecht, em um processo que, no fim, deve ajudar a depurar o sistema local. Já na Bolívia, uma suspeitíssima contagem de votos dá a Evo Morales um quarto mandato consecutivo, convertendo-o em caudilho do altiplano.
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