Ricardo Felizzola CEO do Grupo PARIT S/A
Em março começou, na prática, um ano em que haverá eleições. No ar, uma esperança típica de nossa cultura expressa pela fé num processo potencial de melhoria independente de ações objetivas, só pelo fato do pleito. Será? Observa-se a mobilização da mídia na análise do quadro eleitoral e o enorme potencial das redes sociais. Exemplo disso é o da maior rede de TV do Brasil estar promovendo que cada cidadão tome seu smartphone e produza um pequeno vídeo explicitando o que quer para o Brasil a partir das eleições. Os vídeos começam a ser publicados e revelam, em sua maioria, uma repetição monótona de desejos dos cidadãos comparáveis aos de crianças na época do Natal. Por mais que sejam selecionados, os vídeos trazem à baila o conhecimento do nosso povo, produto de sua educação. Fica clara uma expectativa passiva, talvez alguém ungido pelas urnas virá salvar o Brasil. E aí o contraponto urgente e necessário: ninguém virá salvar o Brasil e as urnas não apontam solução. As urnas apenas encarregam... Quem salvará o Brasil será seu próprio povo, ninguém mais.
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