Nos últimos tempos, temos assistido à ascensão de um tipo de ilusionista cujos truques, embora variem um pouco na execução, acabam por lesar a grande maioria da plateia. Um bom exemplo deste neoilusionismo é a atuação do MBL. Na época do impedimento da então presidente Dilma Rousseff, o MBL desviou a atenção do público para a mão da moralidade, da justiça e do patriotismo, chamando as pessoas às ruas para exigir a saída da presidente e, segundo eles, todos os responsáveis por tudo de ruim que estava acontecendo na República. Com a outra mão, escondia que, mesmo entre os juristas mais competentes e experimentados do país, não havia consenso de que a presidente tivesse realmente cometido crime de responsabilidade. Resultado: a presidente foi destituída e assumiu o cargo o então vice-presidente Michel Temer. Eduardo Cunha, que antes fez a alegria do povo que defendia o impedimento, agora está preso. Mas isso é só um detalhe para o pessoal do MBL.
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