Ao suspender os benefícios da polêmica delação premiada de executivos da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud, além de determinar sua prisão temporária, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), contribui para fazer com que o bom senso prevaleça no caso. O mínimo a ser evitado nesse momento é que equívocos da Procuradoria-Geral da República se prestem para fortalecer argumentos de políticos envolvidos por corrupção contra a Lava-Jato, que já se mobilizam inclusive para contestar a validade de provas. Com a decisão, abre-se espaço para a correção de erros e exageros, com o objetivo não de ampliar as chances para a prática de desvios nas relações entre o setor público e o privado, mas de reduzi-las.
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