René Girard defende, em Violência e o sagrado (Paz e Terra, 2008), que em toda obra humana repousa o mecanismo do bode expiatório. No sistema moderno de racionalização de gastos ou administração de custos, todas as instituições, sejam religiosas ou profanas, originam-se do rito do sacrifício da vítima expiatória. Como na passagem da Bíblia, o projeto de Sartori é o eterno retorno do sacrifício arcaico oculto sob o disfarce de reforma administrativa, da resolução de gastos administrativos pela via do sacrifício, no caso, dos servidores públicos ou liquidação de órgãos públicos.
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