O pior que poderia acontecer para a sociedade, já atemorizada pelo recrudescimento acelerado da insegurança pública, é a falta de um consenso mínimo entre autoridades sobre o que pode ser feito, de imediato e a médio e longo prazo, para atenuar o problema. Por isso, resta aos cidadãos, pelo menos, cobrar que tanto representantes do Estado, aos quais compete garantir segurança pública, quanto da Capital aprofundem o diálogo em busca de saídas. E, principalmente, que nenhuma ação ao alcance da lei, incluindo as não convencionais, seja simplesmente descartada.
A população não pode continuar refém de criminosos, como vem ocorrendo numa intensidade a cada dia mais inquietante. Os mais recentes atos criminosos registrados na Vila Cruzeiro, na Capital, dos quais resultaram um morto e sete feridos, deixaram evidente o quanto, na falta de Estado, uma comunidade inteira pode ser subjugada pela força de uma minoria. O poder público não pode permitir que cidadãos sejam privados, um único dia que seja, de serviços essenciais como transporte urbano e atendimento médico, entre outros.
É oportuno, por isso, que o secretário de Estado da Segurança, Wantuir Jacini, e o prefeito da Capital, José Fortunati, estejam agora empenhados em discutir ações, entre as quais não pode ser descartada nem mesmo o uso da Força Nacional de Segurança. A população não pode esperar mais por soluções para o mais grave dos problemas da Capital, que também se reflete na maioria das cidades gaúchas.