Por Rodrigo Müzell, gerente-executivo de jornalismo digital do Grupo RBS e membro do Conselho Editorial da RBS
Na última quarta-feira, entrou no ar a mais nova operação de jornalismo da RBS: GZH Zona Sul. Cobrindo 21 municípios, onde vivem mais de 845 mil pessoas, a iniciativa reforça, agora no digital, a oferta de informação que já é produzida pelas equipes da RBS TV e Gaúcha na região. Com cinco novos jornalistas dedicados a levar notícias de cotidiano, economia, política, segurança e esporte produzidas nas redações integradas de Pelotas e Rio Grande.
Ajudar o público a viver melhor inclui facilitar a comunicação
Este é o passo seguinte em uma expansão da atividade de GZH no interior do Rio Grande do Sul iniciada em março de 2023, com GZH Passo Fundo. Chegamos com incrementos no produto: agora, quem usa o aplicativo de GZH no celular pode definir que a página inicial já mostre direto as notícias da região _ funcionalidade disponível também para Passo Fundo e para a região da Serra.
A principal novidade, porém, é o conteúdo em si. Região de grande importância econômica e social no Rio Grande do Sul, a Zona Sul evidentemente recebia cobertura em GZH, que não deixava de cobrir os principais fatos a partir da Redação Integrada em Porto Alegre. Nesses casos o olhar, no entanto, é externo, de fora. De quem responde "de nada" a um agradecimento, em vez de "merece".
Jornalismo hiperlocal é muito mais do que falar com o sotaque da região. É ter o olhar local como ponto de partida na hora de pensar as pautas. Uma equipe noticiando os fatos, trazendo as discussões importantes, as curiosidades e a vida social do lugar, é essencial para fazer conteúdo relevante, genuíno e conectado ao que realmente importa. Por exemplo, GZH Zona Sul trouxe as perspectivas da duplicação da estrada que liga Rio Grande ao Cassino e noticiou a instalação de três novas estações de monitoramento meteorológico em Pelotas - assuntos que mexem diretamente com a vida da população. Mas também mostrou ao resto do Estado peculiaridades únicas, como o "peixe de óculos" que leva um grande público ao museu oceanográfico.
Função primordial do jornalismo, ajudar o público a viver melhor inclui facilitar a comunicação, expor com clareza os desafios e celebrar as conquistas. Para isso, é preciso estar ali: não há tecnologia e nem inteligência artificial que substitua. É bem mais do que ouvir: é viver.




