Por Ellen Appel, gerente-executiva de Jornalismo da RBS TV e membro do Conselho Editorial da RBS
A televisão aberta brasileira segue como um dos pilares mais sólidos da vida pública. Com presença diária nos lares, nos comércios e nas conversas, exerce papel essencial na formação da consciência coletiva, na oferta de informação confiável e na valorização da cultura nacional e regional.
Mais do que um meio de comunicação, a TV aberta é um elo entre comunidades. Emissoras regionais têm a capacidade única de estar onde as pessoas vivem, trabalham e sonham. Contam histórias que não cabem nos trending topics, revelam talentos locais, denunciam injustiças e informam sobre o que realmente importa na vida das pessoas.
Esse vínculo só é possível porque, do outro lado da tela, há comunicadores em quem o público confia. Repórteres, apresentadores, comentaristas: são eles que transformam notícia em proximidade, jornalismo em hábito. É pela identificação com esses rostos familiares que se constrói audiência fiel, engajamento real e conexão emocional. Quando o telespectador se vê representado, se sente parte da conversa.
O jornalismo televisivo, com sua linguagem acessível, a presença ao vivo, a força das imagens e o compromisso com a verdade, tem uma legitimidade que atravessa gerações
O jornalismo televisivo, com sua linguagem acessível, a presença ao vivo, a força das imagens e o compromisso com a verdade, tem uma legitimidade que atravessa gerações. Ao longo de décadas, fomos testemunhas da história do país e do nosso Estado sendo contada em tempo real, com rigor e emoção – e seguimos sendo.
A mobilização que a TV aberta gera é única. De campanhas solidárias a grandes reportagens, passando por escutar quem nunca teve voz. Seu impacto social é concreto. E se amplia quando há empatia entre quem comunica e quem assiste. Afinal, pessoas se conectam com pessoas.
Num tempo em que a confiança é um bem precioso, a televisão aberta permanece como um espaço de encontro entre jornalismo de qualidade, interesse público e vínculo humano. E seguirá sendo, enquanto houver quem a faça com ética, excelência e vocação para servir à sociedade.