O presidente Donald Trump disse nesta terça-feira (19), em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, que se o regime de Pynongang não desistir de seu programa nuclear os Estados Unidos não terão outra escolha a não ser “destruir totalmente a Coreia do Norte. Temos paciência, mas não temos outra opção", afirmou.
Trump chamou o regime de Kim Jong-Un de "depravado e responsável pela morte, opressão, tortura e prisão de muitos cidadãos do país". E afirmou que a busca da Coreia do Norte por armamento nuclear é irresponsável e ameaça o mundo inteiro com uma perda "impensável da vida humana". Ele disse que o líder norte-coreano está em uma missão suicida para si mesmo e o seu regime.
"Estamos dispostos e preparados para tomar uma ação militar, mas esperamos que isso não seja necessário", frisou Trump, observado de perto pelo representante norte-coreano, que acompanhou o discurso na primeira fila, por causa do sorteio de lugares realizado pela organização dos debates.
Trump também pediu que as Nações Unidas pressionem os países que financiam a Coreia do Norte para interromper os financiamentos que estão alimentando o programa nuclear do país.
Barrando o mal
"Se os muitos justos não confrontarem os poucos maus, então o mal triunfará", disse Trump. Ele agradeceu à China e à Rússia por terem votado a favor das sanções contra a Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU. O país foi sancionado duas vezes em agosto e na semana passada pelo conselho, por unanimidade, por causa da continuidade dos seus testes nucleares e de ter lançado misseis de médio alcance para ameaçar o Japão.
Desde que o magnata republicano chegou ao poder, há oito meses, as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte tem aumentado e Kim Jong Un e Trump têm trocado ameaças em um tom cada vez mais agressivo.
No mês passado, o líder americano ameaçou desencadear um “fogo e fúria como o mundo nunca viu" se a Coreia do Norte não parasse de ameaçar o país. Discurso que, longe de intimidar, parece ter servido de combustível para Kim Jong Un: depois disso foram feitos pelo menos quatro testes com mísseis, um deles com uma bomba de hidrogênio no começo de setembro, considerada a mais poderosa testada até agora pelo regime norte-coreano.