Gaúcho espera 70 dias para cremar corpo da esposa no Ceará

O gaúcho Leandro Becker, 56 anos, radicado em Fortaleza, aguarda há pouco mais de dois meses a liberação total do corpo da esposa, Regina Zimmer, 42, para a posterior cremação. Para que o procedimento aconteça, o estado do Ceará deveria fazer exames completos para atestar a causa morte. Como a morte é considerada violenta, na lista de exames exigidos por um promotor está um teste de alcoolemia. Entretanto, a seringa do aparelho cromatógrafo a gás está danificada. Além disso, há falta de kit de reagente para a realização do exame de pesquisa de drogas em amostra de sangue. 

A Perícia Forense do Ceará recolheu o material necessário para exames que não foram feitos ainda por falta de material, porém Leandro Becker aguarda um alvará judicial que vai autorizar a cremação do corpo da esposa. Equanto não sai a decisão final ordenando a cremação, o viúvo paga R$ 85 por dia para manter o corpo de Regina Zimmer em uma Câmara Conservadora em um cemitério na cidade de Eusébio, região metropolitana de Fortaleza. No último dia 27 de março, a empresa que administra o local enviou uma correspondência à Leandro informando que o corpo deve ser retirado do local, pois "o estado de decomposição do corpo já está bastante deteriorado".

Em resposta a Secretaria de Segurança Pública do Ceará afirma que o componente que estava faltando para o aparelho cromatógrafo a gás funcionar, chegou no dia 28 de março. A demora se deve ao fato do produto ser importado dos Estados Unidos. Com relação à falta de kit reagente para a realização do exame de pesquisa de drogas em amostra de sangue, a compra do material já foi providenciada. Leandro Becker espera trazer as cinzas da esposa, Regina Zimmer, até o meio do mês para Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul.