
Israel e Hamas chegaram a um acordo para a assinatura da primeira fase do plano de paz que deve por fim à guerra que já dura mais de dois anos no Oriente Médio.
A informação foi divulgada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (8). O republicano está sendo o interlocutor no diálogo entre os envolvidos na guerra. Ele propôs um plano para o fim do conflito (entenda ponto a ponto abaixo).
Nesta primeira fase, estão previstos cessar-fogo, entrada de ajuda humanitária em Gaza e a libertação de reféns, o que pode ocorrer a partir de sábado (11) — 72 horas após a implementação do acordo.
Gaza livre de grupos armados
A proposta é transformar Gaza em uma zona "desradicalizada", livre de grupos armados. A região seria governada por um comitê palestino tecnocrático, com especialistas internacionais. O grupo apoiará, ainda, na reconstrução do território.
Esse comitê será supervisionado por um órgão internacional, chamado "Conselho da Paz". O grupo será presidido por Trump e terá a participação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
O plano também indica que o Hamas e outros grupos extremistas ficariam proibidos de participar do governo de Gaza. Todos os túneis e fábricas de armas seriam destruídos. Uma Força Internacional de Estabilização, com apoio de países árabes, assumiria a segurança local e treinaria a polícia palestina.
Trump também defendeu a destruição do Hamas caso o grupo não aceite os termos do acordo.
Ponto a ponto do plano
Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
- O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano
- Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolve todos os reféns
- A troca incluiria também restos mortais de reféns
Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
- Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura
- Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras
Nova governança em Gaza
- Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local
- Esse órgão será supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump
- O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas
Desmilitarização e anistia ao Hamas
- Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional
- Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia
- Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
Segurança internacional e futuro político
- Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina
- Israel se retiraria gradualmente, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário
- O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica

