
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou, nesta terça-feira (14), encerrar os negócios do país com a China. A medida seria para transações envolvendo óleo de cozinha e "outros elementos de comércio".
De acordo com o republicano, a ação é uma resposta à suspensão da compra de soja norte-americana por parte do país asiático. A decisão oriental, no entanto, já foi uma retaliação ao aumento de tarifas impostas pelo EUA em maio.
"Acredito que a China propositalmente não comprar nossa soja, causando dificuldades aos nossos produtores, é um ato economicamente hostil", afirmou o republicano em publicação no Truth Social.
No texto, o presidente norte-americano vai além. "Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China".
Crescimento das tensões
A ameaça de Trump é mais um capítulo no aumento dos conflitos comerciais entre as duas grandes potências econômicas. Na última sexta-feira (10), o republicano já havia dito que não via razões para encontrar o presidente chinês, Xi Jinping, em reunião agendada para a Coreia do Sul.
No mesmo dia, o norte-americano anunciou tarifas de 100% sobre os produtos chineses a partir de 1º de novembro. A decisão aconteceu após Pequim ter imposto restrições "extraordinariamente agressivas", segundo Trump, à exportação de minerais de terras raras.
No domingo (12), o país asiático prometeu uma resposta. "A posição da China é consistente. Não queremos uma guerra tarifária, mas não temos medo de uma", disse o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.
