
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (9) que o acordo para garantir a libertação dos reféns só entrará em vigor após a aprovação do Executivo, que se reúne às 12h (horário de Brasília).
O presidente americano, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas acordaram a primeira fase de um cessar-fogo em Gaza que inclui a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, que uma fonte próxima à negociação indicou que seria realizada em 72 horas após a implementação do acordo.
"Ao contrário do informado pela imprensa árabe, a contagem regressiva de 72 horas só começará uma vez que o acordo for aprovado na reunião do gabinete, prevista para a tarde", afirmou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
Netanyahu já havia anunciado uma reunião nesta quinta-feira para "ratificar o acordo". Seu ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, já indicou que votará contra.
Preparativos para resgate de reféns
As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que começaram os preparativos operacionais para colocar em prática o acordo. Os militares disseram que realizam "ajustes de posicionamento e revisões de protocolos de combate para a nova fase".
Segundo as forças israelenses, o chefe do Estado-Maior orientou as tropas a reforçarem as defesas e a manterem prontidão "para qualquer cenário". As movimentações devem ocorrer de forma gradual, seguindo as etapas do acordo e com atenção à segurança dos soldados.
A IDF informou ainda que se prepara para conduzir a operação de retorno dos reféns "com sensibilidade e profissionalismo" e que continuará atuando para cumprir os objetivos da guerra e proteger os cidadãos de Israel.
O pacto busca pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, um conflito que eclodiu com o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em território israelense, que deixou 1.219 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais.
Nesse dia, os comandos islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 47 continuam mantidas em cativeiro em Gaza, entre elas, 25 estariam mortas, segundo o exército israelense.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 67.183 mortos em Gaza, segundo os números do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.



