
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (15) que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar ações na Venezuela, porque "o país tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos".
Mais cedo, o jornal The New York Times publicou que o republicano havia autorizado também operações letais para derrubar Nicolás Maduro. No entanto, quando questionado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, Trump preferiu não responder.
Até o momento, já ocorreram pelo menos cinco ataques contra pequenas embarcações de supostos "narcoterroristas", resultando em 27 mortos.
— Certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar — declarou Trump no Salão Oval, em resposta a uma pergunta da imprensa sobre a possibilidade de ataques terrestres.
De acordo com o The New York Times, atualmente, há 10 mil soldados norte-americanos na Venezuela, sendo a maioria em bases de Porto Rico, mas também existe um contingente de fuzileiros navais em navios de assalto anfíbio.
Autoridades dos EUA não são identificadas na reportagem, dizem que Trump "estava cada vez mais frustrado com a incapacidade do líder venezuelano de atender às exigências dos EUA de renunciar ao poder voluntariamente".
Desenvolvida pelo secretário de Estado Marco Rubio, em parceria com o diretor da CIA, John Ratcliffe, a estratégia da Casa Branca tem o objetivo de tirar Maduro do governo. O governo norte-americano oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que ajudem a derrubar Maduro.
Presença norte-americana no Caribe
Desde setembro, os EUA mantêm navios na região do Caribe. De acordo com Trump, seu governo está em um conflito armado contra os cartéis de drogas.
Desde então, o próprio republicano divulgou ataques contra embarcações venezuelanas em águas internacionais. A última aconteceu na terça-feira (14).
Diante do crescente tensionamento entre os dois países, a Venezuela pediu, no dia 9 de outubro, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.
No pedido, Caracas destaca que "as ações dos Estados Unidos nas últimas semanas, que incluem contratorpedeiros de mísseis, aviões de combate, tropas de elite e um submarino nuclear perto da costa venezuelana, colocam em claro perigo a zona de paz na América Latina e no Caribe".

