
Após reuniões nesta quinta-feira (9), o governo de Israel ratificou o acordo com o Hamas para um cessar-fogo, que deve começar em até 24 horas. O plano de paz também prevê a libertação dos reféns em um prazo de 72 horas.
"O governo acaba de aprovar o quadro para a libertação de todos os reféns – os vivos e os mortos", escreveu o governo de Israel no X.
Mais cedo, o Hamas já havia assinado o acordo e declarado um cessar-fogo permanente. Antes da aprovação de Israel, a proposta passou pelo Conselho de Segurança do país.
De acordo com a Folha de São Paulo, durante a reunião de gabinete que ratificou o acordo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país lutou "os objetivos de guerra". Um desses objetivos, segundo ele, era a volta dos reféns:
— Todos eles, vivos e mortos — ressaltou.
Na quarta-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ambas as partes chegaram a um acordo para a assinatura da primeira fase do plano de paz. A declaração foi publicada na rede do republicano, a Truth Social.
Trump celebrou a conquista, agradeceu aos países mediadores, como o Catar, o Egito e a Turquia, e citou que "todas as partes serão tratadas com justiça".
"Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e duradoura", escreveu Trump.
Militares americanos vão supervisionar trégua
Um grupo de 200 militares americanos será enviado para o Oriente Médio para supervisionar a trégua entre Israel e o Hamas, anunciaram autoridades de Washington nesta quinta (9).
Num primeiro momento, "haverá 200 pessoas em campo. Seu papel será supervisionar, observar e garantir que não haja violações", informou um alto oficial à imprensa.
Junto deles, também haverá militares do Egito, do Catar, da Turquia e, provavelmente, dos Emirados Árabes Unidos, acrescentou. Um segundo oficial disse que "não há intenção de enviar tropas americanas para dentro de Gaza".
Ponto a ponto do plano
Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
- O cessar-fogo deve ocorrer logo após a aceitação do plano;
- Israel precisa libertar prisioneiros, enquanto o Hamas devolve todos os reféns;
- A troca inclui também restos mortais de reféns.
Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
- Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura;
- Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas devem ter a entrada autorizada;
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.
Nova governança em Gaza
- Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assume a gestão local;
- Esse órgão será supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump. O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
Desmilitarização e anistia ao Hamas
- Toda infraestrutura militar e de túneis deverá ser destruída sob monitoramento internacional;
- Integrantes do Hamas que entregarem as armas poderão receber anistia;
- Quem desejar sair teria passagem segura para outros países.
Segurança internacional e futuro político
- Uma Força Internacional de Estabilização treinará a polícia palestina;
- Israel precisa se retirar gradualmente, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
- O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.

