
Uma pessoa morreu e muitas outras ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba na terça-feira (14) em uma zona comercial e movimentada da cidade de Guayaquil, no Equador, um incidente que o ministro do Interior classificou como "ato terrorista".
Um vídeo do serviço de segurança ECU911 mostra um veículo estacionado, do qual sai fumaça e fogo. Minutos depois, acontece a explosão.
O ministro do Interior, John Reimberg, detalhou que no local havia "dois veículos, dos quais um detonou". O outro permanece com "quantidade de explosivos", por isso será realizada uma explosão controlada.
— Por volta das 18h (locais, 20h em Brasília), ouvimos um barulho muito forte e acreditamos que era da explosão. Agora vejo que ocorreu a poucos metros de nós. Saímos correndo por medo de que algo mais acontecesse, estamos em choque — disse à AFP a médica Samantha Vera, 40 anos, que trabalha em um local próximo.
A empresa pública de segurança da cidade informou através da rede X que está atendendo a "emergência ocasionada pela detonação de artefatos explosivos" e publicou fotos da via fechada por viaturas da polícia e caminhões dos bombeiros.
O titular do Interior informou nessa mesma rede social que abriu uma investigação. "A Polícia Nacional está trabalhando de maneira permanente para combater a ameaça e chegar aos responsáveis deste ato terrorista", escreveu Reimberg.
O ministro detalhou que os explosivos utilizados são de "elaboração profissional" e atribuiu o ataque a "grupos criminosos que querem provocar o caos". A área onde ocorreu a explosão é de classe média, com muitos restaurantes, negócios, lojas, consultórios, um hospital, hotéis e o maior centro comercial da cidade.
— Foi terrível, foi um estrondo horroroso — contou Claudia Quimí, proprietária de um salão de beleza próximo onde "os vidros tremeram".
O Equador está mergulhado em uma onda de violência que resulta das disputas entre as gangues pelo controle do tráfico de drogas dentro do país e para os Estados Unidos e a Europa.
Por sua localização estratégica com saída para o Oceano Pacífico, Guayaquil é reduto de organizações criminosas e tem registrado um aumento de atentados, homicídios, extorsões, desaparecimentos, roubos e outros delitos.

