
Chefe do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, Khalil Al-Hayya declarou o fim da guerra com Israel nesta quinta-feira (9). Ele atuou como negociador chefe do grupo nas conversas sobre o acordo de paz proposto por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Até a publicação desta notícia, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não havia ratificado o acordo oficialmente. O encontro de ministros para discutir o tratado iniciou às 13h30min (horário de Brasília), após uma hora e meia de atraso, e teria se encerrado por volta das 15h.
Na noite de quarta-feira (8), os Estados Unidos anunciaram que Israel e o Hamas assinaram um acordo para dar início a primeira fase do cessar-fogo permanente.
Para costurar o acordo de paz, o Hamas teria acatado ao pedido de Israel para que os corpos de todos os reféns mortos pelo grupo sejam devolvidos ao país.
Ponto a ponto do plano
Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
- O cessar-fogo deve ocorrer logo após a aceitação do plano;
- Israel precisa libertar prisioneiros, enquanto o Hamas devolve todos os reféns;
- A troca inclui também restos mortais de reféns.
Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
- Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura;
- Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas devem ter a entrada autorizada;
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.
Nova governança em Gaza
- Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assume a gestão local;
- Esse órgão será supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump. O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
Desmilitarização e anistia ao Hamas
- Toda infraestrutura militar e de túneis deverá ser destruída sob monitoramento internacional;
- Integrantes do Hamas que entregarem as armas poderão receber anistia;
- Quem desejar sair teria passagem segura para outros países.
Segurança internacional e futuro político
- Uma Força Internacional de Estabilização treinará a polícia palestina;
- Israel precisa se retirar gradualmente, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
- O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.
O Hamas disse que foi alcançado um "acordo que prevê o fim da guerra em Gaza". Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, "com a ajuda de Deus, levaremos eles todos (os reféns) para casa".


