
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano para promover a "paz no Oriente Médio". O anúncio foi feito nesta segunda-feira ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que manifestou apoio à proposta.
Trump afirmou que recebeu apoio de diversos países da região, inclusive de nações árabes, para a construção da paz. O plano envolve o auxílio destes governos no convencimento ao grupo terrorista Hamas para a libertação de todos os reféns em um prazo de 72 horas.
— A tirania do terror tem que acabar — argumentou o presidente norte-americano.
Ao lado de Trump, Netanyahu admitiu cooperar com o plano:
— Eu apoio o seu plano para acabar com a guerra em Gaza, que acaba atingindo o nosso objetivo de trazer os reféns de volta e desmantelar o Hamas.
O plano de paz
De acordo com o g1, a proposta é transformar Gaza em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. A região seria governada por um comitê palestino tecnocrático, com especialistas internacionais, que apoiará, ainda, na reconstrução do território.
Esse comitê será supervisionado por um órgão internacional, chamado “Conselho da Paz”. O grupo será presidido por Trump e terá a participação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
O plano também indica que o Hamas e outras facções ficariam proibidos de participar do governo de Gaza. Todos os túneis e fábricas de armas seriam destruídos. Uma Força Internacional de Estabilização, com apoio de países árabes, assumiria a segurança local e treinaria a polícia palestina.
Trump também defendeu a destruição do Hamas caso o grupo não aceite os termos do acordo.
Ponto a ponto do plano
Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
- O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano
- Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolve todos os reféns
- A troca incluiria também restos mortais de reféns
Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza
- Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura
- Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras
Nova governança em Gaza
- Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local
- Esse órgão será supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump
- O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas
Desmilitarização e anistia ao Hamas
- Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional
- Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia
- Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.
Segurança internacional e futuro político
- Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina
- Israel se retiraria gradualmente, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário
- O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica
Pedido de desculpas ao Catar
Mais cedo, Netanyahu pediu desculpas ao primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, pelos ataques aéreos contra o Hamas no país do Golfo, durante um telefonema feito na Casa Branca, segundo uma fonte diplomática.
Netanyahu lamentou a violação da soberania do Catar e a morte de um segurança catari nos ataques de setembro, disse a fonte à AFP sob condição de anonimato.



