Volodimir Zelesnky anunciou, nesta segunda-feira (9), que uma nova troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia está em andamento. Segundo o presidente ucraniano, a operação será realizada em várias etapas ao longos do próximos dias.
"Nosso povo está em casa. Ucranianos estão retornando do cativeiro russo. Hoje, teve início um intercâmbio, que continuará em várias etapas nos próximos dias", publicou na rede social X.
O acordo para trocar prisioneiros de guerra e repatriar corpos dos soldados mortos na guerra foi o único resultado concreto das últimas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, realizada na semana passada em Istambul, na Turquia.
Zelensky não detalhou quantos soldados estão envolvidos no acordo, mas revelou que a prioridade do momento são os feridos e jovens com idade abaixo de 25 anos. Ele também afirmou que as negociações por paz com a Rússia seguem "praticamente todos os dias".
"Entre aqueles que estamos trazendo de volta agora estão os feridos, os gravemente feridos e com menos de 25 anos. O processo é bastante complexo, com muitos detalhes delicados, e as negociações continuam praticamente todos os dias", prosseguiu a mensagem de Zelensky.
Posição da Rússia
A Rússia rejeitou repetidamente os apelos por um cessar-fogo. O Ministério da Defesa russo também confirmou a troca, afirmando que fazia parte dos "acordos firmados em Istambul em 2 de junho".
A cidade turca sediou as negociações entre as duas partes, nas quais Kiev e Moscou declararam que mais de 1 mil soldados seriam trocados. A troca de prisioneiros, no entanto, pareceu estar em risco no fim de semana, quando Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente de atrasá-la e obstruí-la.
No domingo (8), Zelensky criticou a Rússia por seu "jogo sujo e político" e por não aderir aos parâmetros acordados: libertar todos os soldados detidos que estivessem doentes, feridos ou com menos de 25 anos.
A Rússia, no entanto, alegou que Kiev se recusava a devolver os corpos dos soldados mortos, 1,2 mil deles em caminhões refrigerados perto da fronteira.