O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (10) que Los Angeles está sendo invadida por um "inimigo estrangeiro" e prometeu "libertar" a cidade após dias de protestos contra suas operações anti-imigração.
Em um discurso em uma das maiores bases militares do país, Trump chamou os manifestantes de "animais" e conseguiu que as tropas vaiassem os democratas Gavin Newsom, governador da Califórnia, e Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos.
Trump ordenou o envio de milhares de membros da Guarda Nacional (uma força de reserva) e 700 fuzileiros navais ativos a Los Angeles, apesar de as autoridades californianas assegurarem que a medida é desnecessária e agravará a situação.
Newsom chegou a classificar as ações de Trump como "ditatoriais".
"Esta anarquia não continuará. Não permitiremos que uma cidade americana seja invadida e conquistada por um inimigo estrangeiro", declarou Trump às tropas na base militar de Fort Bragg, na Carolina do Norte, sudeste do país.
Trump descreveu os manifestantes como "animais" que "carregam orgulhosamente bandeiras de outros países".
"O que estão testemunhando na Califórnia é um ataque completo à paz, à ordem pública e à soberania nacional, perpetrado por agitadores que carregam bandeiras estrangeiras com o objetivo de continuar uma invasão estrangeira de nosso país", acrescentou.
O presidente vinculou os protestos ao que chamou de "imigração descontrolada" e afirmou que a Europa, crítica de seu governo, também deve agir.
"Como todos podem ver agora, a imigração descontrolada leva ao caos, à disfunção e à desordem", disse Trump. "E sabem de uma coisa? Na Europa também têm isso. Está acontecendo em muitos países europeus. É melhor que eles ajam antes que seja tarde demais."
* AFP
