
Vizinho da ilha de Bali, o Monte Rinjani esteve no centro das notícias nos últimos dias após o acidente envolvendo a brasileira Juliana Marins, que caiu do monte enquanto fazia uma trilha e foi encontrada morta pelo resgate.
O destino turístico asiático é popularmente conhecido pela prática de trekking — caminhadas em trilhas naturais para mais contato com a natureza. Chamado de monte, o Rinjani é, na verdade, um vulcão.
A atração é descrita como uma combinação de desafio físico e recompensa visual.
O vulcão Rinjani
Para chegar ao topo do Rinjani, é necessário encarar uma trilha de três dias. Com 3.726 metros, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, perdendo para o Kerinci, na ilha de Sumatra.
Rinjani é considerado um lugar sagrado pelos locais, que percorrem o caminho até o topo com oferendas para deuses e entidades sagradas.
Um dos destaques do local é o lago da cratera do vulcão, chamado de Danau Segara Anak (traduzido para "filho do mar").
Estrutura
A extensão de água possui cerca de 6 quilômetros, com mais de 200 metros de profundidade. No meio, está localizado o cone vulcânico Barujari, também chamado de "vulcão bebê".
O cume do Rinjani apresenta uma vista da cratera, do lago e das ilhas próximas, como Bali e Sumbawa.
Em 2018, terremotos atingiram a ilha e mais de 1000 turistas foram retirados do local. O vulcão permaneceu fechado para visitação durante vários meses após o ocorrido.
O vulcão ainda é considerado ativo, mas as erupções ocorrem esporadicamente. A última foi registrada em 2016.
Acesso
A capital de Lombok é Mataram, que possui um aeroporto internacional. Além disso, existe o transporte de ferry a partir da ilha de Bali. As trilhas costumam sair das cidades de Senaru e Sambalun.
A entrada no parque custa cerca de US$ 12 (cerca de R$ 65). Mas pacotes de agência são comuns de serem encontrados por cerca de US$ 170 (cerca de R$ 930).
Desafios do lugar
Entre os meses de janeiro e março, não é permitido fazer trilhas no local por ser a temporada de chuvas. A temporada seca, de abril a novembro, é considerada ideal para visitação.
O site oficial do parque possui mapas e informações, além de agências de Trakking. Não é recomendado fazer a visitação por conta própria.
A trilha mais longa, até o cume, na parte final, inclui pedras soltas, solo pouco firme e subidas ingrimes. As temperaturas também podem ser mais baixas, chegando perto dos 0°C.
Equipamento e vestimenta
O parque nacional recomenda o uso de casaco impermeável e à prova de vento, lanternas formato headlamp (que são presas à cabeça), além de botas de escalada.
Para quem irá até o cume, também é recomendado o uso de bastões de trekking, em razão das pedras soltas.