O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (15), em entrevista à emissora de TV norte-americana Fox News, que os ataques iniciados na última sexta-feira (13) contra o Irã têm o objetivo de proteger Israel e o mundo inteiro do "regime incendiário".
— Agimos para salvar nós mesmos, mas também, penso, não somente nós mesmos, mas para proteger o mundo desse regime incendiário — afirmou.
Segundo ele, o Irã irá pagar pelos ataques direcionados ao país que atingem civis.
— Nosso foco de ataque foram localidades nucleares e militares. O deles foram espaços onde há civis israelenses. Pagarão um alto preço pela matança de civis, mulheres e crianças — disse.
O premier israelense também ressaltou que uma mudança de regime não é o objetivo das operações no Irã, mas pode ser o resultado.
— Certamente poderia ser o resultado porque o regime iraniano é muito fraco — disse Netanyahu.
Ele afirmou ainda que o combate ao desenvolvimento de armas nucleares pelo país é fundamental.
— Não haverá um segundo Holocausto. Precisamos agir agora — afirmou, acrescentando que a força aérea de Israel matou o chefe de inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã junto com seu vice em Teerã.
Segundo o primeiro-ministro israelense, o regime iraniano queria assassinar o presidente norte-americano, Donald Trump, a quem chamou de amigo na conversa. Sobre a participação de Trump na guerra, foi enfático:
— Ele tomará as decisões que forem melhores para os EUA — disse.
Mais cedo, o presidente Trump disse, via post em rede social, que os EUA não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã. "Se formos atacados de qualquer maneira pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA cairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos", disse o republicano.
Ataques continuarão, diz Netanyahu
Netanyahu disse que os ataques vão continuar ainda que o Irã tenha recuado um pouco.
— Ao povo do Irã, que é um povo bom, eu digo que a sua liberdade está próxima — afirma.
