
O escultor italiano Arnaldo Pomodoro, conhecido por suas esferas geométricas de bronze, morreu na noite de domingo (22), em sua casa em Milão. Ele completaria 99 anos nesta segunda-feira (23).
"Com a morte de Arnaldo Pomodoro, o mundo da arte perde uma de suas vozes mais autorizadas, lúcidas e visionárias. O Mestre deixa um legado imenso, não apenas pela força de sua obra, reconhecida internacionalmente, mas também pela coerência e intensidade de seu pensamento, capaz de olhar para o futuro com incansável energia criativa", diz trecho da nota divulgada nas redes sociais pela Fundação Arnaldo Pomodoro.
O escultor realizava peças monumentais, sobretudo colunas, esferas e cubos, frequentemente corroídos ou rachados. Recebeu diversos prêmios internacionais e também ensinou nos departamentos de arte de diversas universidades americanas, como Stanford e Berkeley.
Suas obras foram expostas em todo o mundo, como na Exposição Universal de Xangai, a sede da Unesco em Paris, o Museu Young de São Francisco e o Museu Guggenheim de Nova York.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou sua "grande tristeza" pela notícia do falecimento desse artista que, segundo afirmou, "esculpiu a alma da Itália".
"Sua arte deu brilho ao gênio italiano no mundo", escreveu Meloni no X.
Para a diretora de sua fundação com sede em Milão, Carlotta Montebello, "o mundo da arte perde uma de suas vozes mais influentes, perspicazes e visionárias".