
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou, na manhã deste domingo (22), que os ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas deram início a uma "guerra perigosa".
"O ministério considera o governo belicista e ilegal dos EUA totalmente responsável pelas consequências extremamente perigosas deste crime grave", diz o comunicado da agência de notícias semioficial iraniana Tasnim, divulgado pela CNN. "O mundo não deve esquecer que foram os EUA, em meio aos esforços diplomáticos em andamento, que traíram a diplomacia."
Ainda conforme a publicação, o Irã tem "direito de se defender com força total contra a agressão militar dos EUA" e pede ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que convoquem reuniões de emergência.
"O silêncio diante de uma agressão tão flagrante colocará o mundo em perigo sem precedentes”, acrescenta a nota.
Apesar das alegações do Ministério das Relações Exteriores, autoridades iranianas minimizaram o impacto dos ataques, sobretudo nas instalações de Fordow, considerada o principal alvo da ofensiva americana, conforme a CNN.
Manan Raeisi, um parlamentar iraniano que representa Qom, cidade sagrada próxima à instalação nuclear de Fordow, chamou os ataques de "bastante superficiais".
— Ao contrário das alegações do presidente em exercício dos EUA, a instalação nuclear de Fordow não foi seriamente danificada. A maioria das áreas afetadas estava acima do solo e pode ser totalmente restaurada — declarou Raeisi, conforme a agência de notícias Fars, afiliada ao governo.
— Quaisquer componentes que pudessem representar perigo para a segurança pública já haviam sido removidos anteriormente e, felizmente, nenhuma radiação nuclear foi detectada — acrescentou ele, destacando que não houve relatos de mortes em Fordow.