
A Força Aérea Israelense comunicou novas ofensivas contra o Irã na tarde desta segunda-feira (23). O alvo em questão foi uma infraestrutura subterrânea do país que, conforme autoridades israelenses, é usada pela Guarda Revolucionária para armazenar mísseis e lançadores de armas nucleares.
A força aérea divulgou imagens que supostamente seriam o Quartel-General “Thar-Allah”, alvo atacado pelas forças israelenses.
Outros ataques
Mais cedo, nesta segunda (23), Israel atacou mais uma vez a instalação nuclear iraniana de Fordow, ao sul de Teerã, informou a imprensa estatal iraniana.
— O agressor atacou novamente a central nuclear de Fordow — informou a agência de notícias Tasnim, que citou um porta-voz da autoridade de gestão de crises na província de Qom, onde fica a instalação.
Fordow é a instalação nuclear mais bem fortificada do Irã e foi um dos alvos do ataque dos Estados Unidos no sábado (21). Segundo a imprensa local, a ofensiva israelense atingiu duas estradas que dão acesso a Fordow. O objetivo do ataque seria impedir o contrabando de materiais na região.
Participação americana
Os Estados Unidos entraram no conflito Irã-Israel e bombardearam as instalações nucleares de Isfahan e Natanz, assim como a central subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordow.
O presidente americano, Donald Trump, disse que os ataques destruíram completamente as capacidades nucleares do Irã. Porém, funcionários de alto escalão de Israel e dos Estados Unidos afirmam que ainda é cedo para avaliar os danos.
O Irã condenou o ataque e prometeu represálias. O país afirmou que não há sinais de contaminação radioativa após os bombardeios.
Putin critica ataques ao Irã
O presidente russo, Vladimir Putin, criticou nesta segunda-feira os ataques a Teerã, chamando-os de "agressão" sem justificativa e disse que Moscou estava tentando ajudar o povo iraniano. Ele recebeu a visita de Abbas Araqchi, ministro das relações exteriores do Irã, em Moscou.
"Esta é uma agressão absolutamente não provocada contra o Irã", disse Putin a Araqchi, chamando os ataques de "injustificados" e acrescentando que a Rússia estava "se esforçando para prestar assistência ao povo iraniano".