
Um dia após os Estados Unidos usarem superbombas contra instalações nucleares do Irã, Israel anunciou nova ofensiva contra o país. Em comunicado, o exército israelense afirma que atacou alvos militares no oeste israelense.
"Aproximadamente 20 caças (da Força Aérea Israelense) realizaram ataques baseados em inteligência, contra alvos militares no Irã", disse o exército em um comunicado no Telegram.
Os ataques foram realizados contra "locais de armazenamento de mísseis e infraestrutura de lançamento", além de "locais de satélites e radares militares" no oeste do Irã, acrescentou.
Irã lançou mísseis contra Tel Aviv

Mais cedo, o Irã lançou 30 mísseis contra o território israelense. O ataque deixou pelo menos 23 pessoas feridas, segundo os serviços de resgate e a polícia.
O centro do país foi atingido, informou um canal de televisão estatal, mostrando prédios e fachadas parcialmente destruídos. Não há registro de mortes.
Ataque dos EUA ao Irã
Na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil), os Estados Unidos atacaram com superbombas o Irã. A entrada dos EUA na guerra foi confirmada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
"Nós completamos nosso bem sucedido ataque a três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", afirmou Trump.
Segundo ele, uma "carga completa de bombas" foi lançada na instalação principal, Fordow. "Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Agradecemos a sua atenção a este assunto", finalizou.
Após os ataques norte-americanos, a Organização Iraniana de Energia Atômica, agência que coordena o programa nuclear do país, afirmou que os avanços para desenvolver instalações nucleares não serão interrompidos.
A nota oficial da organização confirmou que as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan foram atacadas "por inimigos do país". "É um ato bárbaro que viola o direito internacional, especialmente o Tratado de Não Proliferação Nuclear", disse a agência estatal.
A nota também afirma que os ataques norte-americanos ocorrem "em meio à indiferença e até mesmo à cumplicidade" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"A Organização de Energia Atômica do Irã assegura à grande nação iraniana que, apesar das conspirações malignas de seus inimigos, com os esforços de milhares de seus cientistas e especialistas revolucionários e motivados, não permitirá que o caminho do desenvolvimento desta indústria nacional – que é o resultado do sangue de mártires nucleares – seja interrompido", finaliza a nota.
Após o bombardeio ordenado por Donald Trump contra instalações nucleares no Irã, o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, segundo a mídia local.
A medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor.