
Os Estados Unidos estão posicionando navios de guerra e outros recursos militares no Oriente Médio para ajudar a proteger Israel e as tropas americanas de retaliações iranianas aos ataques israelenses, disseram autoridades americanas nesta sexta-feira (13).
O contratorpedeiro USS Thomas Hudner recebeu ordens para se deslocar para a costa oriental do Mediterrâneo, e um segundo contratorpedeiro deverá segui-lo. A Força Aérea também enviará mais caças para a região.
Segundo o Departamento de Defesa, os ativos militares não devem participar de atividades ofensivas contra o Irã. Autoridades do Pentágono ainda aguardam orientações do presidente Donald Trump e do Conselho de Segurança Nacional para saber como proceder na proteção de alvos israelenses.
O reposicionamento dos contratorpedeiros navais, noticiado primeiramente pela agência de notícias Associated Press, poderia complementar a capacidade de Israel de derrubar mísseis balísticos disparados como parte de uma retaliação iraniana.
Em outubro passado, as forças dos Estados Unidos ajudaram Israel a impedir uma grande quantidade de mísseis e drones lançada pelo Irã depois que Israel matou um líder de alto escalão do Hamas durante uma visita ao Irã e, em seguida, assassinou o líder do Hezbollah na Líbia. Há cerca de 40 mil soldados americanos na região.
Ataques e retaliações
Israel retomou nesta sexta-feira (13) os bombardeios contra alvos militares do Irã, que revidou, disparando centenas de mísseis em retaliação. Foram ouvidas explosões em Tel Aviv.
O porta-voz militar israelense Effie Defrin disse, em coletiva de imprensa, que Israel continua seus ataques no Irã e já atingiu 200 alvos até o momento, incluindo duas instalações nucleares. Poucos minutos depois, avisos de mísseis disparados do Irã interromperam a coletiva.
Entenda
As duas maiores potências militares do Oriente Médio, que já foram aliados no passado, entraram no momento mais tenso de suas relações neste ataque. Israel atacou o Irã com a justificativa que o país está construindo bombas atômicas, que poderiam ser usadas contra Tel-Aviv. O Irã nega e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.
O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acusou Teerã de violar obrigações. Já Israel é um dos poucos países do mundo que não assinou o TNP.
Os Estados Unidos vinham pressionando o Irã para reduzir o alcance do seu programa nuclear. O presidente Donald Trump elogiou os ataques de Israel contra Teerã e pediu para o país aceitar o acordo sobre a questão nuclear.
— Acho que foi excelente. Demos a eles uma chance e não aproveitaram. Eles foram atingidos com força, muita força. E há mais por vir. Muito mais — disse Trump, principal aliado de Tel-Aviv.