A Defesa Civil de Gaza anunciou que 10 pessoas foram mortas e mais de 30 ficaram feridas nesta segunda-feira (9) por fogo israelense quando tentavam acessar centros de distribuição de ajuda. O Exército de Israel afirmou ter efetuado disparos de "advertência".
Desde que a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) abriu, em 27 de maio, pontos de distribuição de ajuda no território palestino destruído pela guerra, ocorreram uma série de incidentes mortais próximos a esses centros.
O porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal, afirmou à AFP que as forças israelenses dispararam "várias vezes" contra pessoas que esperavam para poder acessar o centro da GHF em Rafah.
Seis pessoas foram mortas por disparos em um incidente e outras quatro faleceram algumas horas depois, acrescentou.
O Exército israelense indicou que "vários indivíduos tentaram se aproximar" dos soldados que operavam na zona de Rafah, "representando uma ameaça" para eles.
Os soldados "efetuaram disparos de advertência para afastar os indivíduos", acrescentou o Exército, que disse estar examinando os relatos sobre "várias pessoas feridas".
Basal também informou um incidente similar próximo ao centro da GHF mais ao norte, perto da Cidade de Gaza, onde, segundo ele, 31 pessoas ficaram feridas por disparos israelenses pela manhã.
O Exército israelense declarou à AFP que "milhares de civis palestinos (...) tentaram entrar no centro de distribuição" durante a noite.
Diante dos "suspeitos", que "continuavam avançando de forma que colocavam os soldados em perigo, estes reagiram efetuando disparos de advertência", acrescentou, especificando não ter conhecimento de nenhum ferido.
Dadas as restrições impostas aos meios de comunicação na Faixa de Gaza e as dificuldades de acesso sobre o terreno, a AFP não pode confirmar de forma independente o número de mortos anunciado pela Defesa Civil.
* AFP
