
Um cessar-fogo entre Israel e Irã entrou em vigor na madrugada desta terça-feira (24), pelo horário de Brasília, segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O conflito se estende desde 13 de junho.
Em publicação na rede social Truth Social, Trump escreveu: "O CESSAR-FOGO ESTÁ EM VIGOR. POR FAVOR, NÃO VIOLEM! DONALD J. TRUMP, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS".
Trump afirmou que em seis horas após o anúncio, portanto à 1h desta terça no Brasil, 7h30min em Teerã, o Irã iniciaria o cessar-fogo. Na 12ª hora a partir de então, Israel faria o mesmo e, de acordo com o presidente dos EUA, após 24 horas a guerra estaria totalmente acabada.
Cessar-fogo teria sido violado
O exército de Israel e a mídia iraniana também confirmaram que a trégua começou nesta terça. Horas depois, contudo, as forças armadas israelenses acusaram o Irã de violar o acordo — o que é negado pelos iranianos. A agência estatal iraniana Isna afirmou que "notícias sobre um ataque de míssil contra Israel após o acordo entrar em vigor são falsas".
O Ministro de Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que instruiu o exército a responder "fortemente à violação do cessar-fogo pelo Irã". Segundo ele, os ataques retaliatórios serão contra alvos no coração de Teerã.
Após uma segunda-feira (23) de tensão, com ataques de ambos os lados, Trump anunciou, por volta das 19h, que as nações envolvidas haviam chegado a um acordo para paralisar as agressões.
Ataques na segunda-feira
Antes de o cessar-fogo começar, o Irã lançou pelo menos cinco ataques contra Israel, segundo as forças armadas israelenses. Ao menos quatro pessoas morreram na região de Beershena, no sul do país. Ainda segundo Israel, ao menos 12 ficaram feridas.
Já em Teerã, explosões foram ouvidas por jornalistas da AFP na cidade. As detonações ocorreram por volta das 3h locais (20h30min de segunda-feira no horário de Brasília) e foram acompanhadas por sobrevoo de aviões militares sobre o norte e o centro da cidade.
A guerra e a economia mundial
A segunda-feira também foi de preocupação com possível fechamento do Estreito de Ormuz. A medida foi aprovada pelo parlamento iraniano, como resposta à entrada dos Estados Unidos no conflito.
A passagem conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e ao Mar Arábico e é considerada o corredor comercial marítimo mais importante do mundo para navios petroleiros. Todos os dias passam pelo estreito, em média, 20 milhões de barris de petróleo e derivados – aproximadamente 20% do consumo mundial.
Por isso, o bloqueio do estreito certamente teria impacto no preço do insumo no mundo.