
Ao menos 14 pessoas, entre elas um cidadão americano de 62 anos, morreram nesta terça-feira (17) após uma série de ataques aéreos russos contra Kiev, capital da Ucrânia, de acordo com a AFP. As autoridades ucranianas classificaram a ação como uma das mais mortais desde o início da invasão russa, em 2022.
Segundo o ministro do Interior, Igor Klimenko, os bombardeios atingiram 27 locais em diferentes distritos da cidade, incluindo prédios residenciais, instituições educacionais e infraestrutura crítica. Pelo menos 44 pessoas ficaram feridas em Kiev, enquanto outros seis feridos foram registrados em Odessa, cidade portuária no sul do país.
Equipes de emergência continuam trabalhando nos escombros em busca de possíveis sobreviventes. Timur Tkachenko, chefe da administração militar da capital, afirmou que há indícios de vítimas ainda soterradas.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou a morte do cidadão americano nos ataques. “Drones inimigos ainda sobrevoam a cidade a partir de três direções. Há também ameaça de novos mísseis. Não saiam dos abrigos”, alertou a população nas primeiras horas do dia.
Em Odessa, o governador regional, Oleg Kiper, relatou que ao menos 13 pessoas precisaram ser hospitalizadas.
Os bombardeios ocorreram em meio ao impasse diplomático entre Rússia e Ucrânia, apesar dos esforços dos EUA para garantir um cessar-fogo após mais de três anos de conflito. As negociações estão estagnadas. Moscou rejeitou a trégua vista como "incondicional" exigida por Kiev e seus aliados europeus. A Ucrânia, por sua vez, classificou as exigências russas como “ultimatos inaceitáveis”.