O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu nesta sexta-feira (30) a autorização da Suprema Corte do país para retirar o status legal temporário de 532 mil imigrantes. A medida já havia sido anunciada em março pelo republicano, mas foi suspensa pela Justiça de Boston.
O governo tentou revogar o status legal dos imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, que contavam com permissão de permanência temporária, conhecido como parole sob um programa lançado pelo ex-presidente democrata Joe Biden e também chamado de CHNV, por conta das iniciais dos países.
De acordo com o g1, a decisão não foi justificada pelos magistrados. Dos nove juízes da Suprema Corte americana, duas foram contra a medida, mas o placar do julgamento não foi divulgado.
A determinação do tribunal, de maioria conservadora, é temporária até que uma corte de apelação se pronuncie sobre o fundo do caso.
Argumentos
À Suprema Corte, o Departamento de Justiça alegou que a suspensão da medida estaria desfazendo políticas democraticamente aprovadas na eleição de novembro e derrubava "políticas imigratórias críticas que são cuidadosamente calibradas para impedir a entrada ilegal" nos EUA.
Os imigrantes também entraram na Justiça, mas para defender a suspensão da medida. De acordo com o pedido, caso a liberdade condicional fosse interrompida, os estrangeiros enfrentariam grandes dificuldades. Eles alegaram ainda que ficariam longe de suas famílias e sujeitos a deportação para os países de onde fugiram.
