O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, se absteve de chamar o presidente russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra" nesta quarta-feira (21), afirmando que a prioridade é negociar para tentar encerrar a guerra na Ucrânia.
Dezenas de milhares de pessoas, a maioria civis, morreram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
No início da guerra, dezenas de civis foram encontrados mortos em Bucha, na periferia de Kiev, após meses de ocupação pelas forças russas.
Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por transportar crianças da Ucrânia ocupada para a Rússia.
Diante da Câmara dos Representantes, o congressista democrata Bill Keating lembrou Rubio o que ele dizia sobre Putin quando era senador e perguntou se ainda acreditava que ele era um "criminoso de guerra".
"Se foram cometidos crimes na guerra contra a Ucrânia, haverá responsabilização, mas nosso objetivo agora é acabar com essa guerra", respondeu Rubio.
"Porque, deixe-me dizer, a cada dia que esta guerra continua, há mortes, mais pessoas são mutiladas e, francamente, mais crimes de guerra estão sendo cometidos", disse.
Keating acusou Rubio de ser "incoerente" e "ambíguo".
Mais tarde, Rubio respondeu a um congressista republicano dizendo que era preciso dialogar com a Rússia.
"Se não houvesse comunicação entre os Estados Unidos e a Rússia em 1961", disse Rubio, "o mundo poderia ter acabado durante a Crise dos Mísseis de Cuba".
O presidente Donald Trump falou por telefone com Putin e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na segunda-feira em sua tentativa, até agora malsucedida, de acabar com a guerra.
Putin, isolado internacionalmente durante o mandato do ex-presidente democrata Joe Biden, rejeitou o cessar-fogo exigido por Washington e Kiev.
* AFP