A bordo de um Mercedes-Benz Classe G totalmente elétrico, o papa Leão XIV cumprimentou fiéis no domingo (18), dia que marcou oficialmente o começo do papado do pontífice. A interação com o público ocorreu após a missa inaugural. O automóvel foi desenvolvido especialmente para o Vaticano pela montadora alemã.
O veículo é baseado no novo Classe G elétrico (G580 com tecnologia EQ). Na Alemanha, o veículo custa 142 mil euros, o que equivale a R$ 906 mil. As informações são do jornal do O Globo.
O veículo já vinha sendo utilizado pelo papa Francisco desde dezembro de 2024 e possui emissão zero de gases poluentes.
O papamóvel
O jipe, que levou um ano para ser desenvolvido, foi equipado com uma série de adaptações especiais, incluindo um assento central ajustável em altura, cobertura removível para proteção em dias de chuva e uma porta traseira para facilitar o acesso do Pontífice.
O brasão oficial de Leão XIV, inserido no modelo, marca a principal diferença em relação ao papamóvel anterior, utilizado por Francisco até abril deste ano.
O modelo mantém a tradicional pintura branca perolada e traz inovações como:
- assento central ajustável em altura e giratório, permitindo ao Papa interagir com o público de diferentes ângulos
- dois assentos adicionais laterais para acompanhantes
- teto removido a partir da coluna B, com cobertura rígida opcional para proteção contra intempéries
- porta traseira esquerda redesenhada artesanalmente e soldada à carroceria
- motores elétricos próximos às rodas, otimizando a dirigibilidade em baixas velocidades
Francisco queria que veículo virasse clínica infantil em Gaza
O papa Francisco ordenou, antes de morrer, que o papamóvel que usou em uma visita a Belém em 2014 fosse transformado em uma clínica para atender crianças em Gaza, informou a organização beneficente do Vaticano, no dia 5 de maio.
O primeiro pontífice latino-americano denunciou uma "crise humanitária dramática e indigna" em sua mensagem de Páscoa, na véspera de sua morte.
O papa já havia doado o Mitsubishi, adaptado para sua visita à Terra Santa em maio de 2014, disse à AFP Peter Brune, secretário da Caritas na Suécia.
A unidade médica será equipada com material de diagnóstico e tratamento para a linha de frente: testes rápidos, seringas, oxigênio, medicamentos, vacinas e kits de sutura. Será gerenciada por uma equipe de médicos, disse a organização, que espera colocá-la em operação quando "reabrir o corredor humanitário".