O grupo de rap norte-irlandês Kneecap negou qualquer apoio ao movimento islamista libanês Hezbollah, depois que um de seus integrantes foi acusado de "infração por terrorismo" por exibir uma bandeira do grupo durante um show em Londres.
"Negamos a infração e nos defenderemos com veemência", afirma o grupo em um comunicado.
A polícia de Londres anunciou na quarta-feira que Liam O'Hanna, cujo nome artístico é Mo Chara no trio Kneecap, foi acusado de exibir uma bandeira do Hezbollah durante um show em Londres em novembro.
O Hezbollah, movimento islamista pró-Irã, é considerado um grupo terrorista no Reino Unido.
Durante o show, o cantor "exibiu uma bandeira de uma maneira ou em circunstâncias que provocaram uma suspeita razoável de que é simpatizante de uma organização proibida, concretamente o Hezbollah", um crime tipificado na lei antiterrorismo do ano 2000, informou a polícia de Londres em um comunicado publicado na quarta-feira.
O trio norte-irlandês destacou em seu comunicado que "14.000 bebês estão prestes a morrer de fome em Gaza (...) e, mais uma vez, o establishment britânico se concentra em nosso grupo".
Liam O'Hanna deve comparecer a um tribunal em Londres no dia 18 de junho.
O trio de Belfast, conhecido por sua postura pró-palestina, tem sido alvo de críticas desde que acusou Israel de "genocídio contra o povo palestino" em Gaza no palco do festival Coachella, nos Estados Unidos.
Desde então, diversos vídeos de seus shows viralizaram nas redes sociais e, em um deles, um dos membros parece gritar "vamos Hamas, vamos Hezbollah".
Nas últimas semanas, o grupo foi excluído de um festival na Cornualha, sudoeste da Inglaterra, e vários shows foram cancelados na Alemanha.
* AFP
