
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou estar "chocado" com o "horrível e antissemita" assassinato de dois funcionários da embaixada israelense nos Estados Unidos na noite de quarta-feira (21).
Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim foram mortos a tiros em frente ao Museu Judaico, em Washington D.C.
"Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e da selvagem incitação contra Israel", disse o premier, em nota. Netanyahu afirmou ainda ter orientado as missões israelenses no Exterior a reforçar o aparato de segurança.
Na sequência do texto, publicado na rede social X, Netanyahu afirmou que "fortaleceu" o embaixador do país nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, e agradeceu Donald Trump por se posicionar contra o antissemitismo.
"Meu coração se parte pelas famílias do amado jovem e da amada jovem, que foram brutalmente assassinados por um desprezível terrorista antissemita (...) Derrotaremos o ódio e não deixaremos que o terrorismo derrote a vida", escreveu.
Ataque nos EUA

Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim foram mortos a tiros durante um ataque nos Estados Unidos. O caso ocorreu na noite de quarta-feira (21), perto do Museu Judaico de Washington.
Os tiros foram disparada da calçada, em frente ao museu. O atirador foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, morador de Chicago.
Yechiel Leiter confirmou que as vítimas trabalhavam na embaixada israelense e eram um casal "prestes a ficar noivos".
O suspeito de cometer o crime gritou "Palestina livre" após ter sido preso, segundo a polícia.
Visita de diplomatas na Cisjordânia
No mesmo dia, o Exército israelense reconheceu ter realizado disparos "de advertência" durante visita de diplomatas estrangeiros na Cisjordânia.
O Exército israelense justificou o incidente pelo fato de os diplomatas terem feito "desvio do itinerário aprovado".
O porta-voz de Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, classificou o incidente de "inaceitável".
— Está claro que os diplomatas que estão fazendo o seu trabalho nunca devem ser alvos de disparos, atacados de nenhuma maneira — declarou o porta-voz Stéphane Dujarric.
A responsável pela diplomacia da União Europeia, a estoniana Kaja Kallas, afirmou que "qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável".
Segundo a agência de notícias palestina Wafa, participavam da visita representantes de mais de 20 países, entre eles França, Reino Unido, Espanha, China, Rússia, Turquia e Egito.
— Era a última parte da visita e, de repente, ouvimos disparos que vinham do campo de refugiados de Jenin — declarou um diplomata em condição de anonimato.
— Não foi apenas uma ou duas vezes. Foram disparos repetidos. É uma loucura. Não é normal — acrescentou.