
As forças armadas de Israel atacaram o principal líder do Hamas em Gaza, nesta terça-feira (13), em ataque aéreo que, se for bem-sucedido, marcará uma importante vitória militar em um momento em que o país está sob pressão para encerrar a guerra.
Uma autoridade israelense disse que o ataque tinha como alvo Mohammed Sinwar, que efetivamente assumiu o comando do Hamas em Gaza depois que Israel matou seu irmão, Yahya Sinwar, em outubro. Israel pode levar dias para determinar se o ataque foi bem-sucedido, afirmou outra autoridade.
Mohammed Sinwar foi responsável pela construção da ala militar do Hamas e era próximo do principal comandante do grupo terrorista designado pelos EUA, Mohammed Deif, que foi morto por Israel no ano passado.
Se Mohammed Sinwar estiver morto, isso significaria que todos líderes mais importantes do Hamas por trás do ataque de 7 de outubro foram eliminados.
Defesa Civil de Gaza registra 28 mortos
A Defesa Civil palestina informou que pelo menos 28 pessoas morreram durante o ataque perto do hospital.
— Segundo informação fornecida por nossas equipes no terreno, até agora foram extraídas 28 pessoas (mortas) da área — declarou à AFP Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza.
— De acordo com testemunhos de moradores e vizinhos, mais de 20 pessoas seguem desaparecidas no interior da casa da família al Afghani — acrescentou.
Um balanço anterior havia registrado nove ataques aéreos israelenses.
Em nota, o Exército israelense anunciou que havia atacado "um centro de comando e controle do Hamas, situado em uma infraestrutura terrorista subterrânea, debaixo do hospital europeu de Khan Yunis".
"A organização terrorista Hamas segue utilizando os hospitais da Faixa de Gaza para suas atividades terroristas, demonstrando seu uso cínico e brutal da população civil no hospital e seus arredores", acrescentou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que o Exército de Israel entrará "com toda a sua força" na Faixa de Gaza nos próximos dias e que não contempla nenhum cenário em que seu país pare com a guerra, informou seu gabinete nesta terça-feira.