
O grupo palestino Hamas anunciou, neste domingo (11), após discussões com representantes dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza, que vai libertar o refém americano-israelense Edan Alexander, sequestrado no ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
"O soldado israelense Edan Alexander, com dupla cidadania americana, será libertado como parte dos esforços para um cessar-fogo, a abertura de pontos de travessia e a entrada de ajuda e (serviços) de resgate ao nosso povo na Faixa de Gaza”, informou o Hamas em um comunicado.
O movimento palestino disse estar "pronto para iniciar de imediato negociações intensivas e fazer esforços sérios para chegar a um acordo final sobre a cessação da guerra, o intercâmbio de prisioneiros (reféns israelenses por presos palestinos), a gestão da Faixa de Gaza por parte de um organismo profissional independente, com o objetivo de garantir a manutenção da calma e da estabilidade durante muitos anos, além da reconstrução e do fim do assédio" ao território.
“Gesto de boa vontade”
Os mediadores Egito e Catar celebraram o anúncio do Hamas de que liberará o refém Edan Alexander.
Ambos os países – que intercedem no conflito junto aos Estados Unidos – descreveram o anúncio do movimento islamista palesino como um "gesto de boa vontade" e "um passo encorajador rumo ao retorno à mesa de negociações para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza, a libertação de prisioneiros e detidos, e garantir o fluxo seguro e sem obstáculos da ajuda" humanitária no território devastado.
Edan Alexander, de 21 anos, foi sequestrado no ataque de 7 de outubro, enquanto servia em uma unidade de elite perto de Gaza. Em 15 de abril, o Hamas disse ter perdido contato com o grupo que o mantinha em cativeiro em Gaza após um ataque israelense.
Das 251 pessoas sequestradas em Israel nos ataques de 7 de outubro de 2023, 58 continuam em cativeiro em Gaza, incluindo 34 declaradas mortas pelo Exército israelense.
* AFP