
O funeral do ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica terminou no fim da tarde desta quinta-feira (15). A viúva, Lucía Topolansky, abraçou as duas bandeiras que cobriam o caixão.
De acordo com a imprensa uruguaia, o corpo será cremado na manhã desta sexta-feira (16), e as cinzas serão sepultadas na chácara onde Mujica morava, sob a árvore onde também estão os restos de sua cadela Manuela, perto de Montevidéu.
O corpo foi velado por mais de 24 horas no Palácio Legislativo do Uruguai, com acesso aberto ao público desde quarta-feira (14). Estima-se que mais de 100 mil pessoas passaram pelo local para a despedida.
Ao fim do funeral, o caixão foi posicionado nas escadarias do prédio e aplaudido pela multidão. As bandeiras foram dobradas e entregues à viúva.
Presença de Lula
A cerimônia final foi adiada em duas horas, sendo encerrada às 17h, para que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric, pudessem prestar suas últimas homenagens. Ambos estavam na China.
Em pronunciamento à imprensa após participar do velório, Lula destacou o legado do ex-presidente uruguaio:
— O que é gratificante para nós seres humanos é que uma pessoa como Pepe Mujica não morre. Se foi o corpo dele, a carne dele se vai, mas as ideias que Pepe Mujica plantou em todos esses anos, inclusive, a generosidade de um homem que passou 14 anos no cárcere e que conseguiu sair para a liberdade sem nenhum ódio das pessoas que o aprisionaram, o torturaram. Isso é uma dádiva de Deus — afirmou Lula.