
O governo de Milei passou a permitir que os argentinos utilizem dólares, fora do sistema financeiro, sem precisar declarar a origem do dinheiro, conforme Manuel Adorni, porta-voz da presidência. As informações são do g1.
Javier Milei deve assinar um decreto e enviar o projeto de lei ao Congresso para reduzir os controles e regulamentações sobre a poupança. A medida foi batizada de “Plano de reparação histórica da poupança dos argentinos”.
O líder do Executivo argentino já havia indicado a vontade de flexibilizar regras tributárias para permitir o uso de dólares não declarados. O ministro da Economia, Luis Caputo, explica que a proposta permite o uso desses recursos na compra de eletrodomésticos, veículos, imóveis, terrenos e outros bens, sem que “ninguém precise dar explicações”.
O ministro ainda afirma que a medida pode “ajudar a sustentar o crescimento econômico” do país. Conforme prometido pelo chefe da pasta, se a economia argentina crescer entre 6% e 8%, o Estado devolverá ao setor privado entre US$ 420 bilhões e US$ 550 bilhões por meio de cortes de impostos.
Em entrevista recente, o governo afirmou que os argentinos mantêm entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões “debaixo do colchão”. Isso equivale de 33% a 66% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, estimado em US$ 600 bilhões.
Nesse sentido, o ministro pondera que incentivar o uso desses recursos “representa uma injeção de capital na economia que pode gerar uma forte aceleração da taxa de crescimento”.