
Um menino de cinco anos morreu após uma câmara hiperbárica explodir nesta sexta-feira (31), em Oakland, na Califórnia, Estados Unidos. A morte foi confirmada pelas autoridades locais.
O caso ocorreu no The Oxford Center, centro médico que provê tratamentos para crianças com autismo, câncer, Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH) e outras condições.
Segundo o Detroit Free Press, o corpo da criança foi encontrado sem vida logo após a explosão, dentro da câmara hiperbárica, em torno das 8h da manhã no horário local. A mãe, que o esperava na frente do local, foi ferida pelos estilhaços.
A criança estava em tratamento médico e realizava sessão na câmara hiperbárica. Não se sabe para qual condição. Investigadores ainda não sabem a causa da explosão, mas trabalham com as hipóteses de ter acontecido excesso de pressão ou dano elétrico.
O que é uma câmara hiperbárica?
A oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão duas a três vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, conforme a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH).
Essa terapia acontece na câmara hiperbárica, um equipamento de formato cilíndrico e feito de aço ou acrílico, material que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro.
O equipamento é utilizado para combater infecções bacterianas e fungícas, compensar a deficiência de oxigênio de entupimentos de vasos sanguíneos, melhorar o sucesso de enxertos de pele e cicatrização de feridas crônicas e agudas.
Também pode contribuir com a neutralização de substâncias tóxicas e potencializar a ação de alguns antibióticos.
No entanto, por concentrar oxigênio, o equipamento é inflamável. Assim, em caso de incêndio, a chance de saída rápida é remota. É necessário alguns minutos de descompressão para saída segura do aparelho, afirma a National Fire Protection Association (NFPA). Em publicação de 2021, a associação chama atenção para a necessidade de melhorar o plano em caso de incêndio nas câmaras hiperbáricas.
O que diz o centro médico?
Em nota, o The Oxford Center afirmou que ainda não se sabe a causa do acidente e que foi "um dia excepcionalmente difícil para todos".
Também afirmou que a segurança e o bem-estar das crianças é prioridade para o centro de tratamento. "Nada parecido aconteceu em nossos mais de 15 anos de fornecimento desse tipo de terapia. Não sabemos por que ou como isso aconteceu e participaremos de todas as investigações que agora precisa acontecer", disse a nota.