
Com a esquerda superando as expectativas, as eleições presidenciais no Equador serão decididas em um segundo turno, marcado para o dia 13 de abril. As informações são do G1.
O atual presidente do Equador, Daniel Noboa, liderou a pesquisa de boca de urna divulgada no fim da tarde deste domingo (9), poucas horas após o encerramento da votação.
No entanto, à medida que a apuração avançava, Luisa González se aproximou, mantendo uma diferença menor que 1% em relação ao rival. Com mais de 90% dos votos apurados, Noboa tinha 44,3% e González 43,8%.
A pequena diferença entre os candidatos indica uma disputa acirrada no segundo turno. Outros 14 candidatos participaram da eleição, mas não conseguiram votos suficientes para avançar.
Histórico
Pouco mais de um ano depois de uma das eleições mais violentas no mundo nos últimos anos, o Equador voltou às urnas para eleger um novo mandato presidencial neste domingo. Não foram registrados incidentes violentos. Segundo o CNE, órgão que cuida das eleições no país, o pleito ocorreu com normalidade, e com uma participação de 83,4% dos eleitores.
O atual presidente, Daniel Noboa, um milionário de 37 anos, havia largado como favorito para vencer o pleito.
Noboa votou logo nas primeiras horas de urnas abertas, na cidade de Olon, acompanhado por familiares e cercado por militares armados.
Luisa González também votou pela manhã, na cidade de Canuto, também cercada por militares.
Violência em 2023
O atual presidente foi eleito em outubro de 2023, em eleições antecipadas no Equador convocadas pelo ex-presidente Guillermo Lasso em meio a um processo de impeachment.
O pleito convocado por Lasso, no entanto, tinha o intuito de completar o seu tempo de mandato até a data original das eleições seguintes, que ocorrem neste domingo.
Mas as eleições temporárias acabaram se tornando um dos processos eleitorais mais violentos dos últimos anos no planeta, diante da ameaça de cartéis de droga que disputam o lucrativo controle do narcotráfico do país aos candidatos.
Embora a campanha desta vez tenha tido menos episódios violentos e sem registro de mortes, o combate à criminalidade segue sendo o principal desafio de quem assumir o novo mandato presidencial.