
Empossado presidente dos Estados Unidos na segunda-feira (20), Donald Trump pressionou Vladmir Putin a buscar um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia e afirmou que o conflito está "destruindo a Rússia".
No Salão Oval da Casa Branca, o republicano insistiu, em declarações a jornalistas, que iria "falar com o presidente Putin (...) que ficará muito satisfeito de pôr fim a esta guerra". Antes da posse presidencial, Trump já havia dito que se preparava para um encontro com Putin a fim de "terminar" com o conflito, desencadeado em 24 de fevereiro de 2022, quando o exército russo invadiu o território ucraniano.
Pela primeira vez, o presidente norte-americano exerceu clara pressão sobre o colega russo, ao considerar que o país se dirige para uma catástrofe caso se recuse a fechar um acordo de cessar-fogo ou de paz com o ucraniano Volodimir Zelensky. Conforme o republicano, a economia russa tá sendo duramente impactada pela guerra, inclusive pela inflação.
— Zelensky quer fazer um trato, não sei se Putin quer, pode ser, deveria fazer um trato. Acho que está destruindo a Rússia ao não chegar a um acordo. Acho que a Rússia terá grandes problemas — disse Trump.
Os comentários marcam uma postura inesperadamente crítica do norte-americano sobre o russo, por quem expressou admiração no passado.
— Eu me dei muito bem com ele (Putin), esperaria que quisesse chegar a um acordo. A maioria das pessoas pensava que a guerra terminaria em uma semana e agora estamos em três anos — afirmou.
Putin se pronuncia
No mesmo dia, Putin afirmou estar "aberto ao diálogo" para alcançar uma "paz duradoura".
— Nós também estamos abertos ao diálogo com a nova administração americana sobre o conflito ucraniano — disse Putin, durante uma reunião com ministros transmitida pela TV russa.