
Bombeiros e militares procuravam nesta terça-feira (6) sobreviventes entre os escombros após um forte terremoto no sudoeste da China, que matou pelo menos 65 pessoas e provocou muitos danos em edifícios e infraestruturas.
A imprensa também anunciou que o terremoto deixou quase 250 feridos e 12 desaparecidos. O balanço atualizado inclui 37 vítimas fatais no município autônomo tibetano de Garze e 28 no condado vizinho de Shimian, o que eleva o total a 65, informaram o canal CCTV e o jornal People Daily, vinculado ao Partido Comunista. A imprensa também anunciou que o terremoto deixou quase 250 feridos e 12 desaparecidos.
O canal estatal CCTV informou que quase 200 pessoas estão bloqueadas no vale de Hailuo, uma zona turística de geleiras que fica a mais de 2.850 metros de altitude. O terremoto de 6,6 graus de magnitude aconteceu na segunda-feira (5) pouco antes das 13h (2h de Brasília), a 10 quilômetros de profundidade na província de Sichuan, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos.
O epicentro foi localizado no condado de Luding, uma área de vales, rios caudalosos e estradas estreitas perto do planalto tibetano, quase 200 quilômetros ao oeste da capital provincial Chengdu.
A CCTV exibiu nesta terça-feira vídeos dos bombeiros retirando o corpo de uma mulher dos escombros ou transportando um ferido em uma maca por uma ponte improvisada sobre um rio.

Outras imagens mostraram imóveis de madeira e concreto com as marcas do terremoto, alguns desabaram parcialmente. Algumas estradas, que viraram ruínas ou foram divididas pelo terremoto, não podem ser utilizadas, o que obriga as equipes de emergência a atravessar rios por pontes improvisadas ou com cabos posicionados entre as duas margens.
Militares mobilizados
O exército chinês anunciou a mobilização de 1,9 mil militares para participar nas buscas dos desaparecidos e socorrer a população. A imprensa estatal também divulgou imagens de moradores temporariamente realojados em grandes barracas azuis e recebendo comida e água dos soldados.
O terremoto também foi sentido em edifícios na capital provincial de Chengdu, onde milhões de pessoas estão em confinamento por um surto de covid, e na grande cidade de Chongqing. Depois do terremoto, a zona registrou ao menos 10 tremores secundários de 3 graus de magnitude ou superiores, de acordo com o Centro Chinês de Redes Sísmicas.
Previsão de chuvas
O presidente Xi Jinping fez um apelo na segunda-feira à noite para que o país faça "todo o possível para ajudar as pessoas afetadas e minimizar as perdas humanas", informou a agência oficial Xinhua.
A meteorologia prevê chuvas para os próximos dias na área mais afetada, o que pode complicar as operações de resgate.
Os terremotos são relativamente comuns na China, em particular em Sichuan. Em junho, ao menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em dois terremotos.
Em 2008, a região foi cenário de um terremoto de 7,9 graus de magnitude, que deixou 87.000 mortos ou desaparecidos, incluindo milhares de estudantes.
O sul da China também sofreu nos últimos meses uma onda de calor extremo, com temperaturas recordes que provocaram a seca dos rios de Chongqing.