A Feira Internacional de Turismo de Madri (FITUR), uma das mais importantes do setor, prevê receber 100.000 pessoas de 60 países em sua edição de 19 a 23 de maio - anunciaram seus organizadores nesta quinta-feira (13).
Segundo eles, será "a primeira feira presencial" do setor turístico mundial desde a eclosão da pandemia da covid-19.
"O mundo está olhando para nós, porque, contra todos os prognósticos, apostamos em realizar presencialmente o maior encontro de negócios turísticos", disse em entrevista coletiva José Vicente de los Mozos, presidente do comitê executivo do palácio de congressos IFEMA, onde será o evento.
O objetivo é "promover a recuperação do turismo", um setor "vital" para a economia espanhola, acrescentou.
"A previsão de público para esta chamada está estimada em cerca de 50 mil profissionais nacionais e internacionais, de quarta a sexta-feira, e são esperadas outras 50 mil pessoas nos dias abertos ao público no fim de semana", informou a organização em um comunicado.
De qualquer forma, o número de visitantes representa uma drástica queda em relação a 2019, quando 260 mil pessoas, entre elas 150 mil profissionais do setor, passaram por lá.
Por precaução, a capacidade dos sete pavilhões usados para a feira, com área de 44.000 m2, será limitada a 50%.
"A FITUR vai ser a primeira experiência de mobilidade internacional segura depois de muitos meses de restrições", acrescentou a organização, que espera receber cinco mil empresas dos cinco continentes.
Para permitir a entrada de visitantes de fora da União Europeia, o governo espanhol concedeu para este deslocamento o "status" de "viagem essencial". Com isso, os profissionais puderam obter o visto, com sua entrada condicionada à apresentação de um teste PCR negativo feito nas 72 horas anteriores à chegada.
Os participantes deverão se submeter a novos testes durante as sessões, obrigação da qual o público em geral ficará isento.
O diretor-geral do IFEMA, Eduardo López-Puertas, justifica esta diferença pelo fato de os profissionais passarem o dia inteiro no local e terem várias reuniões em espaços confinados, enquanto o visitante costuma passar no máximo duas horas e se locomoverá pelos amplos pavilhões.
Também haverá vários eventos e discussões organizadas on-line.
Na primavera de 2020, parte do espaço do IFEMA, no norte da capital, foi transformado em um hospital de campanha para aliviar a pressão de pacientes nos hospitais de Madri, sobrecarregados pela pandemia. Esta área foi especialmente atingida pela primeira onda.
* AFP