Adolescentes entre 12 e 15 anos podem receber a vacina anticovid da Pfizer/BioNtech nos Estados Unidos a partir desta quinta-feira (13), depois que o uso deste imunizante foi estendido para essa faixa etária, que representa 17 milhões de pessoas no país.
"É mais um passo gigante em nossa luta contra a pandemia", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira (12), incentivando os pais a vacinarem seus filhos.
"A vacina para crianças entre 12 e 15 anos é segura, eficaz, acessível, rápida e gratuita", declarou, acrescentando que 15 mil farmácias de todo país devem estar prontas para aplicá-las.
A FDA, agência americana que regula o setor de alimentos e remédios, deu sua aprovação na segunda-feira (10), após revisar dados de testes clínicos feitos com cerca de 2.000 jovens.
Algumas localidades começaram a vacinar os adolescentes na terça-feira (11), mas a grande maioria esperou, até quarta à noite, a aprovação definitiva dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública do país.
A vacina administrada nos adolescentes entre 12 e 15 anos é a mesma que a dos adultos, por isso, muitos adolescentes poderão ir aos mesmos postos de vacinação. O número de doses necessárias também é igual ao dos adultos.
Agora, resta o desafio do convencimento: entre os pais com filhos desta idade, quase 25% garantiram que não irão vaciná-los, e apenas três em cada dez disseram que farão isso o mais rápido possível, segundo pesquisa realizada em meados de abril pela Kaiser Family Foundation.
Para incentivá-los, as autoridades estão tentando fazer que as vacinas também sejam oferecidas em outros locais, ainda mais acessíveis, incluindo consultas dos pediatras - conhecidos e considerados de confiança pelas famílias.
"Estamos trabalhando para vacinar as crianças também em suas escolas", disse a diretora dos CDCs, Rochelle Walensky, nesta quinta-feira.
Os adolescentes tendem a desenvolver formas menos graves de covid-19 do que os adultos. Por este motivo, vaciná-los não havia sido uma prioridade até agora. Este grupo não é, contudo, imune à infecção e pode ajudar a propagar o vírus na população em geral.
* AFP