
O presidente do Equador, Lenín Moreno, e os movimentos indígenas chegaram a um acordo no domingo (13) para encerrar os protestos que eclodiram 12 dias atrás, após a decisão do governo de revogar o decreto que eliminava os subsídios aos combustíveis.
— Com este acordo, as mobilizações e medidas de fato em todo o Equador são encerradas e nos comprometemos em comum a restaurar a paz no país — disse o acordo lido por Arnaud Peral, representante no Equador da ONU, que mediou a crise com a Igreja Católica.
Jaime Vargas, chefe da Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie), que liderou as manifestações, confirmou que "a medida de fato é levantada em cada um de nossos territórios".
A agitação social eclodiu em 2 de outubro, após a eliminação dos subsídios aos combustíveis por meio de um decreto presidencial.
As manifestações contra a medida deixaram sete mortos, 1.340 feridos e 1.152 presos, de acordo com a ouvidoria.
Após uma negociação direta entre Moreno e Vargas, que durou cerca de quatro horas em Quito, Peral disse que o "Decreto 883", que determinava a abolição de subsídios, estava cancelado.
Ele acrescentou que uma comissão de ambos os lados elaborará um novo decreto sobre o assunto, também com a mediação da ONU e da Igreja Católica.
— O Decreto 883 ficou sem efeito e isso é para todo o país. Viva o Equador! Viva a paz! — disse Vargas.