
O afastamento da presidente Dilma Rousseff repercutiu entre países da América Latina nesta quinta-feira. Após a decisão do Senado, que afasta a presidente do cargo por até 180 dias, Argentina e Chile emitiram comunicados em que analisam a situação política brasileira.
O governo argentino disse acreditar que o desenlace do processo de impeachment consolidará a democracia. "Diante dos incidentes registrados no Brasil, o governo argentino manifesta que respeita o processo institucional que está se desenvolvendo e acredita que o desenlace da situação consolidará a solidez da democracia brasileira", sustentou o texto divulgado pela chancelaria.
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O governo de centro-direita de Mauricio Macri ainda declarou que "continuará dialogando com as autoridades constituídas com o objetivo de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional".
Macri não fez declarações públicas sobre o processo. A ex-presidente argentina de centro-esquerda Cristina Kirchner (2007-2015), que manteve uma relação excelente com Dilma enquanto estava no poder, também não fez declarações públicas nem através das redes sociais, canal pelo qual costuma se expressar desde que deixou o cargo, em 10 de dezembro.
O Chile, por sua vez, se manifestou preocupado pelos acontecimentos dos últimos tempos no Brasil. Além disso, classificou Dilma como "amiga" e relatou que "seguiu com atenção" os eventos políticos recentes.
"O Governo do Chile expressa sua preocupação pelos acontecimentos dos últimos tempos nesta nação irmã, que geraram incerteza em nível internacional, considerando a gravitação do Brasil no âmbito regional", mencionou um comunicado da chancelaria chilena.
Com o afastamento, Dilma será submetida a um julgamento de impeachment por suposta maquiagem das contas públicas. Com isso, a petista será substituída pelo vice-presidente Michel Temer, acusado por ela de lançar um "golpe moderno".
* AFP