
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) abriu uma licitação para comprar os primeiros dois robôs de combate a incêndio do Estado. O investimento previsto é de R$ 12,3 milhões para os dois equipamentos, que devem ser recebidos e entrar em operação até o início de 2026.
Os equipamentos são operados por controle remoto e poderão atuar em locais de risco ou de difícil acesso para humanos. De acordo com o edital da licitação, o modelo buscado de robô funciona com esteiras hidráulicas, é operado por controle remoto a até 300 metros de distância e é capaz de lançar jatos d’água a até 80 metros.
Os futuros robôs-bombeiros podem realizar combate direto às chamas, ventilação de áreas com fumaça e remoção de água em locais alagados.
— É uma inovação, inclusive em nível de Brasil. São poucos os corpos de bombeiros que hoje atuam com esse padrão de tecnologia — disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Julimar Fortes.
O equipamento também deve operar com água nebulizada e espuma, dependendo da situação.
— Ele é usado em áreas confinadas, em locais com alta temperatura ou risco de colapso estrutural, e em situações em que não é possível o ingresso de bombeiros — apontou Fortes.
Segundo o documento técnico, o equipamento que será comprado deve funcionar para incêndios em áreas urbanas e industriais, hangares, túneis, empresas químicas e petroquímicas, áreas de tancagem de combustíveis e incêndios florestais.
O motor do robô, conforme a licitação, deve funcionar com diesel, com potência de 140 cavalos CV, tanque de ao menos 50 litros e autonomia de ao menos quatro horas. O termo de compra prevê que o robô possa ser conectado a caminhões de combate a incêndio para alimentação de água.
— O investimento é alto, mas ele se justifica pela segurança das equipes e pela necessidade de melhorar as condições de trabalho — disse Fortes.
O comandante da Corporação explica que o equipamento não vai substituir os homens e mulheres que atuam nos Bombeiros, auxiliando em situações de risco elevado para seres humanos.
Os robôs devem ser alocados inicialmente em Porto Alegre. O Bombeiros gaúchos também preparam a compra de um terceiro robô, de menor porte e com maior facilidade de deslocamento.


